A medalha de Maria Auxiliadora, uma "luz milagrosa" diante das trevas

REDAÇÃO CENTRAL, 23 de mai de 2023 às 15:20

Amanhã (24) é dia de Nossa Senhora Auxiliadora, a devoção mariana anteriormente conhecida como "Maria, Auxílio dos Cristãos".

Esta devoção está ligada à figura de são João Bosco, a quem a própria Virgem apareceu em 1860.

Nossa Senhora pediu ao santo que construísse um templo em sua homenagem na cidade de Turim, Itália, e fosse homenageada com o título de "Auxiliadora".

Após esta aparição, são João Bosco começou a construção da igreja em 1863, e conseguiu apesar de ter muito pouco dinheiro. Graças à intercessão de Maria Santíssima, em 9 de junho de 1868 ocorreu a consagração do templo.

Dom Bosco costumava dizer que “cada tijolo deste templo corresponde a um milagre da Santíssima Virgem.” A partir desse santuário, a devoção a Maria começou a se espalhar pelo mundo sob o título de Auxiliadora dos Cristãos.

A medalha de Maria Auxiliadora

Gloria Blanco, presidente da Associação de Maria Auxiliadora de Elipa em Madri, Espanha, conversou com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, sobre esta festa.

Gloria definiu a medalha de Maria Auxiliadora como “uma luz que carregamos no peito diante das trevas que nos cercam”.

"É uma luz que nos protege e nos lembra quem somos", disse.

A medalha de Maria Auxiliadora foi propagada por são João Bosco, fundador da Congregação dos Salesianos e da Associação de Maria Auxiliadora, como forma direta e simples de expressar externamente o sentimento do coração e o compromisso da vida cristã.

Os milagres de Maria Auxiliadora

Dom Bosco distribuiu na Itália e em outros países muitas medalhas com a imagem de Maria Auxiliadora e a do Sagrado Coração ou do Santíssimo Sacramento no verso, que faziam referência aos dois pilares que o santo costumava destacar.

Ao distribuir essas medalhas, dom Bosco aconselhava a levá-las sempre consigo, a beijá-la nas tentações e a confiar-se a Maria Auxiliadora em caso de perigo. Foram muitos os milagres que essas medalhas fizeram, tanto físicos quanto espirituais.

"Use-a no pescoço... lembre-se de que a Virgem o ama muito e peça a ela do fundo do coração que o ajude", dizia são João Bosco, que concebeu esta medalha não como um simples amuleto, mas como um meio para lembrar o poder de Maria e de incentivar uma confiança constante e filial nela.

Maria Auxiliadora costumava ser invocada diante das ameaças de desastres naturais, como terremotos, epidemias, etc.

Com a chegada da cólera à França, dom Bosco recomendou distribuir essas medalhas aos franceses e que rezassem Maria Auxilium Christianorum, ora pro nobis. Graças a Maria Auxiliadora, muitas famílias francesas foram salvas da cólera.

Em outra ocasião, o vulcão Etna, na costa leste da Sicília, entrou em erupção colocando em risco muitas famílias no ano de 1669. Perante esta ameaça, as Filhas de Maria Auxiliadora de Catânia e Agira escreveram a dom Bosco, pedindo-lhe que sugerisse alguns meios para acabar com o perigo.

O santo disse a elas que distribuíssem medalhas de Maria Auxiliadora pelo local. Os povoados dos arredores foram salvos da lava, como se de alguma forma as medalhas tivessem colocado limites à lava ardente impedindo o seu avanço.

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— ACI Digital (@acidigital) May 23, 2023